sábado, 30 de abril de 2016

Lubanbo ao Xangongo


Depois de um bom banho, um excelente jantar ( tenho mais uns quilitos, mas deve ser das cucas) e uma noite bem dormida, o destino é Xangongo. Mas esperem aí faltava contar a visita á Tundavala, outra majestosa paisagem, uma coisa do outro mundo, uma paisagem deslumbrante.


O que daria origem a tanta beleza? como é que é possível???

Agora sim de saída para o Xangongo.


Até já



Tchivinguiro

Sem dar por mim, e nisto de ir de pendura tem coisas boas e más, eis que sou acordado a entrar numa das mais majestosas serras que eu já conheci, também não conheci assim tantas, Serra da Estrela e a de Paradela, aquela que me viu nascer, mas isso são contas de outro rosário. A serra de Chela é magnifica. Não há palavras, é pena que uma foto não possa resumir toda a beleza.

Km a Km, etapa após etapa vamos cumprindo a missão. Um dos objetivos do dia de hoje era visitar o Tchivinguiro, escola onde o Rui estudou, se era um objectivo, passou a ser certeza, como o caminho era um velho conhecido, não era necessário o AGP (Abre a Janela e Pergunta), nem tão pouco o GPS.
Chegados á portaria diz ele mudada, afinal ao fim de tantos anos, queria ele tudo igual, o tempo tudo muda, mas a fachada imponente do edifício lá  estava ela a cumprimenta-lo e a dizer-nos a nós um muito obrigado. Senão fosse cá por coisas havia lágrimas, mas um homem não chora.
Pergunta-se pelo Director, fomos recebidos pelo Sub-Director, simpaticamente nos recebeu no seu gabinete. Fomos ao encontro do Director. O antigo aluno e o Director atual na vacaria, onde algumas histórias foram lembradas. Aqui fica a foto.
O antigo Aluno e o Director atual




Com alunos atuais

 

Já Lá vão uns dias

E não é que já lá vão uns dias desde a última publicação, passamos pelo Namibe e temos de agradecer á Quélita e ao Xana a maneira simpática como fomos recebidos, eu sei que outra coisa não seria de esperar, foi super bom estar com a Quélita que não via á anos, mas também conhecer o marido, uma simpatia em pessoa. Obrigado por tudo.
Agora adivinhem estamos no Namibe e onde fomos nós, uma passeata pelo deserto , está claro aqui vai a fotozinha da Nikon que ela anda sempre atenta a estas coisas.
Fomos visitar as pedras vermelhas.


terça-feira, 26 de abril de 2016

De Viana a Namibe em D+6 - D+9


Sábado, Benguela não sabe ainda, mas acorda com um turista especial na cidade. Eu, eu mesmo. O concretizar de um sonho com trinta e tal anos. Uma visita pela cidade, edifícios que eu conhecia de fotos a preto e branco, tirar agora fotos a cor. Visitar a Rua da Guiné, visitar a casa onde a minha “Dama” viveu. São emoções a mais para quem sofre do coração. Benguela é linda, arrumada, limpa, ordenada, pensada com tempo, não houve pressa ou pressão para projetar vivendas ou edifícios públicos e isso nota-se. Soube proteger a sua história, e com ela vive os dias de hoje. Eu, bem lembrei-me de duas pessoas que na companhia de Deus assistiram aos meus primeiros passos por Benguela, sei que levaria para eles uma foto e numa noite qualquer ao serão lhes contaria que todas as cidades têm uma rua da Guina, ou deveriam ter para se viver. É linda Benguela.

Saímos pela manhã, em direção á pescaria da Binga. Juntou-se ao grupo dos quatro os primos de Benguela o Nuno com o Amigo António. Como nestas coisas falta sempre alguma coisa, esta não fugia á regra; lá fomos á procura de gasolina para os barcos de pesca. Após muita procura lá descobrimos o petróleo e fizemo-nos á estrada, um bom par de Km em alcatrão e depois a grande picada, passagem por placas como Dombo Grande, Equimina, que o meu guia me ia explicando, o significado dessas terras para a FAMILIA PITA GROZ. Numa paisagem em que predomina o seco, por estes lados não choveu muito. Paragens obrigatórias para medir temperaturas e verificar gargantas. Uma vista de encantar uma paisagem tipo portinho da Arrábida, mas de outro encanto, as fotos, mas qual é a lente que capta toda esta beleza, qual é a Nikon que partilha cheiros e grandezas, me digam e eu volto para vos dizer que a melhor lente é aquela que humildemente recolhesse que existe um Deus, para nos transmitir a beleza que é este planeta Terra. Foi assim a receção na Pescaria Binga.   Na logística para a pescaria só faltava levar o AC, de resto tudo, mas mesmo tudo, quando digo tudo é tudo, desde as grandes colunas de som, ao  baralho de cartas passando pelo Drone. 

O Almoço uma carninha grelhada, que o peixe procurava viver mais uma noite, no silêncio do mar calmo, mal sabia ele que umas almas penadas lhe preparavam o isco para o trazer até terra e dar-lhes a conhecer o cheiro a carvão. Assim foi Domingo cedo os barcos fazem-se ao mar, e qual Nazaré em épocas de pesca, na Binga é que é e mais nada. A noite foi alegre a manha nasceu triste, noites alegres manhas tristes, entre a sueca e o contar de historias, as do CP então, my frend, são de partir o coco a rir.
Nesta zona não há comunicações, não há o sitiozinho lá em cima que se apanha sinal, nada mesmo nada, rádio nada, telefone só satélite e claro eu disse que não faltava nada, então tínhamos telefone satélite, mas também ninguém quis saber de resultados de futebol.
O almoço foi peixe fresco acabadinho de chegar do mar, o pessoal de terra já tinha á muito ligado o grelhador, descascado as batatas, e o Chefe fez um arroz divinal. De morrer e agradecer aos nossos antepassados que o arroz e peixe também ligam bem, qual master chefe, qual carapuça.
Os primos de Benguela, regressaram a casa, com as arcas bem compostas de peixe, e com a promessa de que eu devia voltar com a São.  Deixaram a corvina para o jantar. Fomos visitar o Soba, autoridade local, para nos despedirmos, outra história para contar, um dia destes aos meus amigos.  Jantamos uma corvina cozida, nunca viu o gelo e acabada de pescar á umas horas, nunca comi peixe tão fresco.
Chegou a noite, e com o céu estrelado, as tendas esperavam por nós. Adivinhava-se uma noite de tormento pois os caranguejos teimavam em visitar as tendas. Relatório da manha, quatro mordidas no Rui, uma baixa nos caranguejos.

Segunda - saída para o Namibe pelas 08H00 com o conta Km a marcar 141791.




segunda-feira, 25 de abril de 2016

De Viana a Namibe em D+6 a D+9


Quatro dias a bombar km, já lá vão um par deles, o Toyota não deixa mentir, e as estradas umas boas, outras assim a assim, e outras mazinhas, não lhe têm dado descanso. No primeiro dia (D+6)  a viagem de Viana a Benguela fizemos qualquer coisa como 731 Km, chegamos a Benguela por volta das 22H00. Pelo caminho passamos nas águas termais do Tocota ( 45 Graus é quanto marcava o termómetro),tomamos o nosso banho, e na picada mais difícil até ao momento lá regressamos á estrada. Almoçamos na Fazenda do Rio UIRI, recebidos como verdadeiros turistas, (outra coisa não podia ser, nós somos a nata dos turistas) pelo Sr.  Sampaio.
Almoçamos já tarde, eram 15H30, as máquinas já pediam o almoço, e lá foi servido o divinal leitão assado no forno. Viajar com Rui – Cunhadão – não é viajar com guia turista qualquer, é muito mais que isso, é o conhecimento das coisas mais simples, dos pormenores escondidos aos nossos olhos ao conhecimento histórico dos locais onde vamos passando. (também um verdadeiro conselheiro nesta minha tarefa de levar/tirar as melhores fotos), é um privilégio enorme, poder usufruir disto tudo,
neste primeiros km dá para ver o que aí vem. Serra de Denguiri, uma paisagem deslumbrante, uma vegetação de encantar. Depois de uma estrada, ora boa ora mazinha, depois de parar em oito controlo de policia, chegamos a Benguela onde eramos esperados para o Jantar de família. Apresentações feitas, jantar servido, planeamento das tarefas para a pescaria do fim de semana, chega o momento do descanso.




quinta-feira, 21 de abril de 2016

Viana em D+5




Hoje não há muito para contar…. Uma manhã tranquila, a fazer umas coisitas, a ouvir musica, e a passar em revista as últimas notícias da vida cotidiana dos Tugas (perceberam!!!!!). Entre uma música e uma notícia lá vinha a Lua espreitar os meus pés, com os dentes afiados e um ladrar muito fininho, não sei porque fez-me lembrar certas luas cheias de esquerda, aquelas luas que nascem antes do sol e que teimam em substituir todos os seus raios.

Chega a hora de Almoço, hoje foi dia de tacho da terra, comidinha típica. Lembram-se da ida ao mercado, pois resultou num almoço supimpa. A Nela preparou um almoço digno de (não digo reis) porque isso da monarquia já lá o tempo, mas digno do Pai Grande. O calulu, o funcho, os cogumelos, a carne, farinha de milho, de mandioca, sei lá que mais foi comer e chorar por mais, falta falar do vinho, e isso os meus amigos podem imaginar, só digo que era da Africa do Sul, porque não, - depois o decantador que é um mimo, batizado de artefacto fez o resto. Conclusão:

“hoje melhor que ontem e amanha melhor que hoje”

Á tarde há toda uma logística a tratar, as reuniões dão lugar a mais reuniões, conferir cargas, verificar itinerários, fazer mapa de movimentos, fazer mapa de consumos das bebidas, mapas das refeições, atribuir tarefas: quem faz o almoço, quem lava a loiça, quem monta as tendas é bom que tudo fique escrito e em ata. Apesar de sermos só quatro magníficos não queremos deixar as coisas ao sabor do vento.

Ao jantar, depois de um almoço daqueles!! mas a tarde foi tão trabalhosa que lá fizemos um sacrifício de jantar, mas apenas trocamos de vinho, agora para um - DIALOGOS DE 2013 – recomendo, tem no rotulo banda desenhada, pelo que é fácil encontrar. (não tirei foto da garrafa) á que poupar os cartões de memória.

No final do jantar carregar as máquinas, fazer as malas e descansar, que o dia de amanhã promete.



Luanda em D+4


Preparativos para a viagem, assim nasceu o D+4, pois ele é muito trabalho. Há todo um chek-List  a verificar por exemplo:

  • 10 Grades de Tigra
  • 10 Grades de Cuca
  • 1 Garrafa de 1,5 Lts de água
  • 1 Chouriço
  • 25 lts de tinto
  • 5 lts de branco – deve ser para temperos

Isto são exemplos as quantidades da cerveja e vinho estão erradas, a única certa é o 1,5 Lts de água.

Preparação da máquina, preparação de fogão, grelhador, arcas, coisas que são obrigatórias levar para os hotéis quando se vai de férias, pelo menos para o Algarve.

Intervalo para umas Trigas, e almoço.

Visita rapidinha ao mercado do artesanato, num instante falamos com a mãezinha, e lá fomos enganados? ou não, nesta coisa de mercado, os preços são sempre negociados, (a minha Esposa aqui dava-lhe uma coisinha ma, ela que nunca discute preços). Compramos, digo comprou o meu guia turista, que eu ando aqui com a mesada que me entregou e depois não pago nada, também diga-se aqui é tudo aos mil quanzas e ainda não percebi estes câmbios. Aquela de mãezinha e paizinho, ainda não cheguei a esse ponto.

Fomos de enfiada até ao Alfaiate Ma – Grupo Sawage, para quem não conhece fica na Rua 17 casa 66 (esquina com a rua 53) Projeto Nova Vida. Alfataria  sim, não casa de costura – Chinesa, mas com requinte, com elegância e com muito bom gosto, um infindável armazém de tecidos e mostruário do que a casa é capaz de fazer.   Lá me tiraram as medidas (bem isto de tirar medidas não fica nada bem, mas foi o que aconteceu) me aguardem no Aeroporto de Lisboa na data X, que a camisa fica pronto a tempo. Para a Família Pita Groz que não possa estar no Aeroporto, pode assistir a um desfile de moda, no último domingo de setembro.

Trânsito muito trânsito – Luanda tem muito trânsito. Filas ou bichas como queiram, carros de grande cilindrada, grandes marcas, motas e candongueiros, Luanda, olhas para Esquerda tens o mais estiloso, olhas para a direita e lá esta o carrito mais modesto, mas todos com um objetivo: chegar mais rápido, aqui os pneus mandam desenrascar. Luanda deve ser o País do mundo com mais recauchutagem por metro quadrado. A cada metro lá está o compressor e o anuncio: “Recauchutagem”.

Com tanto trânsito ainda chegamos a tempo a casa do Nuno onde terminou o dia com o jantar, Obrigado Nuno, Obrigado Vanessa.




terça-feira, 19 de abril de 2016

D+3


D+3 - Apontamento
Dia de veterinário com a Lu a – assim começou, a Lua está em quarto crescente e como tal necessita de mil e um cuidados, uma clinica de cinco estrelas a esperava.

Gente simpática, atendimento superprofissional, a Lua passou o dia a queixar-se, mas acho que foi pela falta de sol, primeira fase da Lua foi ultrapassada, agora está pronta para a fase seguinte.

A NIKON não tem a vida facilitada, nem sempre é bem recebida, tem de pedir permissão, tem de olhar como se nada fosse com ela, tem de regalar os olhos como se fossem faróis de longo alcance, qual noite escura,  como não é muito de falar, com o seu silêncio lá vai registando , afinal foi para isso que os amigos tugas a enviaram para me acompanhar.
Já falei com ela, se não se portar bem na próxima trago a Canon, ou a Daisy, ela cheia de ciúmes, disse logo preferir a daisy
Virou-se para mim e disse:

- Vamos ao trabalho.








A visita a uma loja de informática,
CHOVIA COPIOSAMENTE
O que fomos lá fazer, lá para D+7 ficaram a saber, as imagens registadas, pela Samsung, (desta vez a NIKON, ficou de ama de companhia da Lua).dizem tudo.

Á água dava pela canela, os blocos só chegam para os primeiros passos ,lá molhamos o pezinho, (o calçado oficial parece, ser o chinelo de meter o dedo 90% é o a malta usa) já falei com o Rui para irmos a uma sapataria, mas ele teima em não satisfazer esse meu simples pedido, preferes as cucas, ás baianas.  bebi a primeira Cuca, não tinham a minha TIGRA, havia Sagres , mas em Roma sê Romano.

Pelo caminho registei o facto de ser a motorizada rebocar o carro, e não o contrario, mas tudo aqui é possível.
Estas foram as meninas que nos serviram o Almoço.

Terminou o dia com o jantar no Cacuaco - do jantar e do Cacuaco, fica para amanhã. deixo apenas esta foto.
















D+2

Bom dia, inicio do dia D+2.
Os meus Amigos adivinham o sofrimento com que terminou o dia de ontem - vamos ser honestos foram só 45 minutos. O que comparado com a agitação e o frenesi de estar em Angola pela primeira vez, não tem comparação. Só não queria terminar a minha primeira vez, com essa areia no sapato. Ainda por cima porque fomos ver o jogo a casa de um Amigo do Rui Pitta Groz,( o amigo Armando e a sua esposa Paula) e na BTV, uma estreia também. Outra novidade, a Sagres e a Super Bok, que se cuidem a TIGRA, a continuar com este sabor, com esta leveza, com este carater vai dar cartas, lá vou ter de levar umas provas para o meu amigos. Um obrigado para o Amigo Armando e para a sua Esposa Paula por nos terem recebido.
O amigo Armando faz parte dos quatro magníficos que vai fazer o grande safari, pelo que os 90 minutos de futebol foi também uma oportunidade para falar de aspetos logísticos.